domingo, 7 de fevereiro de 2010

Fifa: decisões que não têm nexo

A Fifa mostrou mais uma vez que não se preocupa nem um pouco com as críticas relacionadas à arbitragem. Ou pelo ou menos não dá a devida atenção. Citando como exemplo apenas alguns casos, mais próximos de nós, como é que ela aprova as indicações do brasileiro Carlos Engênio Simom, do sueco Martin Hasson e do suíço Massimo Busacca para a próxima edição da Copa do Mundo de Futebol.

Sobre o Simom não precisamos falar muito. Os erros que ele vem cometendo ao longos dos últimos anos dizem por si só. O nosso companheiro de profissão (ele é formado em jornalismo) vem sendo conhecido como um árbitro que mais erra do que acerta. E por incrível que pareça esses equívocos sempre geram uma enorme polêmica. Acho que ele vem se especializando em atrair para si uma enorme mídia negativa.

Mesmo assim, tais situações não lhe impedem de disputar a terceira copa de forma consecutiva (participou dos mundiais de 2002, 2006 e agora em 2010). O mais incrível ainda é que ele até conseguiu fazer um bom trabalho nos últimos mundiais que participou. O mesmo acontece em jogos internacionais. Então, porque o Simom erra tanto quando o assunto é campeonatos brasileiros e estaduais?

Quem não deve ter gostado de saber que Carlos Engênio Simom vai para mais um mundial é a torcida e dirigentes do Palmeiras (SP). O gol do time alviverde, marcado pelo atacante Obina, contra o Fluminense (RJ), ano passado, que ele anulou de forma equivocada, poderia ter mudado o final da história no Campeonato Brasileiro. O lance até provocou a ira do diplomático presidente alviverde, Luiz Gonzaga Belluzzu. O cartola, mesmo que pedindo desculpas alguns dias após, não se rogou a fazer duras críticas, em público, ao árbitro em questão.

Já com relação ao sueco Martin Hasson, ninguém engoliu a história de que ele e seus assistentes não teriam visto a mão do centro-avante Henry durante o jogo da França contra a Irlanda, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. O lance resultou no gol dos franceses que venceram pelo placar de 1 a 0. Desta feita, França na Copa e Irlanda fora.

Mas, Martin Hasson não tem nada a ver com isso. Afinal, pior para a Irlanda que não vai ao mundial. Enquanto que ele, mesmo assim, garantiu presença. Enquanto isso, os cartolas da Fifa, responsáveis pela aprovação ou não dos árbitros indicados por suas respectivas confederações, continuam a não se preocupar com a opinião pública.

Isso nos levar a pensar que são várias as injustiças a serem encobertadas por essas pessoas que dirigem o futebol no mundo. Se o que se torna público é tratado assim, imagine aquilo que não ficamos sabendo.

Ainda sobre os erros que estão sendo cometidos pelo Comitê de Arbitragem da Fifa, que tem como vice-presidente Ricardo Teixeira (presidente da CBF), outro que estará no mundial é o suíço Massimo Busacca. Figurinha carimbada em jogos internacionais, esse juiz, ano passado, fez gestos obscenos para os torcedores em um jogo amistoso do seu país. Na mesma temporada, urinou em campo durante uma partida no Catar.

Falar mais o quê? Acho que já está bom, não é?

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