sábado, 20 de fevereiro de 2010

Final da Taça Guanabara: palpite

Talvez o futebol seja o único esporte onde nem sempre o melhor vence. Até porque ele é coletivo, e um erro individual de um dos seus componentes pode levar tudo a perder. Mesmo assim, em modalidades como o vôlei, basquete e handebol, por exemplo, é comum que o mais estruturado, bem preparado, consiga a vitória.

Mas no futebol não é assim. Um exemplo recente disso foram as duas semifinais da Taça Guanabara. Contra o Vasco da Gama, a equipe do Fluminense desenvolveu um melhor futebol. Mesmo assim foi desclassificada. O mesmo aconteceu no jogo entre Botafogo e Flamengo. O Fla foi melhor! Mas quem saiu de campo comemorando foi o bota.

O problema é que toda essa conversa serviu apenas para dizer a vocês que eu acredito na vitória vascaína durante a final da Taça Guanabara. É apenas um palpite que tem algumas bases sólidas. Não que eu ache o time vascaíno pior que o do Botafogo. Até penso que o Vasco tem mais jogadores que podem desequilibrar em certos momentos.

Para o Vasco foi melhor pegar o Botafogo, e até por isso acho que é o favorito.

Primeiro: a defesa vascaína é lenta. Fernando e Titi não têm muita velocidade. Desta forma, é melhor enfrentar Herrera e Loco Abreu do que Adriano e Vagner Love. Os dois flamenguitas são bem superiores, em técnica e explosão muscular, do que a dupla de ataque botafoguense. Já começa por aí o favoritismo.

Segundo: marcar as jogadas aéreas do Botafofo não deverá ser tão difícil assim. Apesar desse tipo de jogo ser um expediente bem vantajoso, ele necessita de um bom tempo de treinamento. E isso o Botafogo ainda não teve com Joel. A vitória contra o Flamengo saiu em duas jogadas assim. Só que isso aconteceu mas por demérito da defesa rubro-negra do que por mérito do Botafogo.

Terceiro: analisando as duas equipes que vão decidir o título do primeiro turno carioca, vemos que o Vasco, apesar de não ter apresentado um bom futebol nas últimas partidas, tem mais jogadas a serem desenvolvidas. O Phillipe Coutinho é uma boa arma pela direita do seu ataque. O Carlos Alberto tem visão de jogo pelo meio, além de ter uma técnica incontestável. Dodô sabe marcar gols, e vem crescendo em ritmo.

Além disso, os volantes do Vasco, Nilton e Léo Gago, sabem jogar, além de um bom chute de fora da grande área. Já o Botafogo, tirando a jogada aérea com Loco Abreu, e algumas arrancadas do Herrera, não tem mais muita coisa.

Lúcio Flávio parece um ex-atleta em campo. Tem momentos que o narrador até esquece que ele está jogando. Fahel e Eduardo ainda estão muito aquém da camisa botafoguense. Bom mesmo só o Caio, que já deveria ter sido efetivado como titular.

Agora, é aguardar para ver se o meu palpite dar certo. Mas como eu disse no início, nem sempre o melhor vence no futebol.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A via crucis dos pernambucanos!

Os clubes de futebol de Pernambuco não são mais os mesmos. Parece que a crise mundial também afetou a desenvoltura de times tradicionais deste estado, a exemplo do Sport e do Náutico. Já não cito nem mais o Santa Cruz, pois esse, apesar de ter uma das maiores torcidas da região Nordeste, a tempos que não faz nada que os orgulhe. É verdadeiramente uma agremiação fora de série. No momento, não está em série nenhuma. Só se classificará para a D se terminar em uma boa colocação no estadual.

Mas, voltando a falar de Alvirrubros e Rubro-negros, se não bastasse a queda para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, o elenco desses dois times vêm deixando os seus torcedores e imprensa local com a pulga atrás da orelha. Apesar de serem os dois primeiros colocados do estadual pernambucano, Sport (1º) e Náutico (2º), não estão convencendo. Mesmo quando vencem, pode-se dizer que é mais por demérito do oponente, do que por qualidades próprias. Logo se imagina que o Campeonato Pernambucano está nivelado por baixo.

Haja vista o que aconteceu na rodada deste final de semana. Atuando em casa, no Estádio dos Aflitos, o Timbú (Náutico) conseguiu a façanha de perder para o Porto (de virada por 2 a 1), que é apenas o sétimo colocado. Já o Leão da Ilha (Sport) se saiu um pouco melhor. Empatou, fora de casa (Garanhuns) com o Sete de Setembro por 2 a 2. Destaque para o bonito gol do atacante Jardel, em favor dos afitriões.

A má qualidade das equipes que compõem o Campeonato Pernambucano em nada vai contribuir para Náutico e Sport, que precisam fazer bons times, caso queiram subir para a primeira divisão do nacional, ano que vem. A Série B já provou ser uma competição difícil. E até mesmo cruel para quem não se prepara. Fluminense (RJ), Bahia (BA) e Vitória (BA) já foram rebaixados para a Série C.

Enfim, o futebol de pernambuco, Campeão Brasileiro com o Sport (1987), e de tantas glórias com o Náutico, na década de 60, não é mais o mesmo. Sábado que vem tem Sport e Náutico se enfrentando. Qual será o resultado? Muitos diriam um empate, devido aos recentes resultados. O problema é que o Alvirrubro, nos últimos anos, costuma perder para o Leão da Ilha.

A via crucis, seja de quem for, continua!

A diretoria do Inter está de brincadeira!

Eu ainda não acredito que a diretoria do Internacional (RS) contratou o goleiro Abbondanzieri. Se ele quando era mais novo já poderia ser considerado um profissional apenas regular, imagine agora. E isso não tem nada a ver com preconceito por idade. Até porque, diz o imaginário popular que o goleiro vai melhorando com o passar do tempo. Mesmo assim, não acredito que isso esteja acontecendo com ele.

Vamos pensar bem. Se ele estivesse em uma boa fase, o Boca Juniors (Argentina) não iria liberá-lo. Nem tão pouco o teria deixado no banco de reservas. A verdade é que no Brasil, ainda prevalece a história que: "tudo que é bom vem de fora". O próprio Lauro, que atualmente é o camisa número 1 do Inter, é melhor que Abbondanzieri. Tenho certeza também que os garotos da base Colorada são.

O que pode explicar essa contratação pode ser o técnico do Inter, Jorge Forssatti. Afinal, ele é uruguaio, e talvez queira alguém mais experiente para essa posição. O que não explica é querer contratar um profissional já em fim de carreira. E o pior, tendo que pagar algumas centenas de reais para o Boca. Mas, isso não é novidade. Os clubes argentinos sempre souberam ganhar bem mais que os brasileiros quando o assunto são as transações do futebol.

Ainda sobre o Abbondanzieri, sei que ele conquistou vários títulos com a camisa do Boca. Só que isso aconteceu mais por méritos dos jogadores que atuavam com ele, do que por suas qualidades.

Murici Ramalho: já era esperado.

A demissão do treinador do Palmeiras (SP), Murici Ramalho, já era algo a ser esperado. A derrota da última quarta-feira, frente ao São Caetano (SP), por 4 a 1, dentro de casa, é o típico resultado que derruba qualquer treinador, até mesmo um profissional conceituado como é o ex-técnico palmeirense.

O Murici até que tentou, dizendo para a imprensa que não iria pedir demissão. Mesmo assim, a direção palmeirense não teria outra coisa a fazer, senão demitir o até então técnico. A pressão para isso seria muito grande. Tanto dos investidores (patrocinadores do clube), conselheiros e até mesmo da torcida, que a tempos questionava o trabalho de Murici Ramalho.

A verdade é que nem de longe Murici conseguiu no Palmeiras o que ele havia feito no São Paulo. Analisando friamente os números, na época do Tricolor Paulista, ele tinha aproveitamentos da faixa dos 70%. Já no Alviverde, não chegava nem aos 50%. Sem falar que dentro de campo, o time do Palmeiras a tempos que não apresentava um bom futebol.

Não adianta agora ficar pensando no passado. Como por exemplo achar que se a diretoria alviverde tivesse mantido o interino Jorginho, que entregou a equipe em primeiro lugar no Campeonato Brasileiro, a equipe poderia até ter sido campeã nacional.

Mesmo assim, também não podemos achar que perder de 4 a 1, dentro de casa, para um time que é apenas razoável, é algo normal. Alguma coisa teria que ser feita. E a direção palmeirense optou pelo mais óbvil.

Talvez agora o Palmeiras consiga bons resultados no Campeonato Paulista. Jogadores para isso tem. Apesar de estar lá atras na tabela, o regulamento do estadual pode ser uma luz no fim do túnel para o Alviverde. Até porque se classificam os quatro primeiros para o quadrigular final do Paulistão.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mistérios na Fórmula 1

Essa é para os amantes do automobilismo. Mas precisamente da Fórmula 1. Assim como já vem acontecendo nos anos anteriores, não dá para dizer qual equipe está jogando para torcida, ou quem realmente está bem de verdade durante os treinos de inverno para a temporada 2010.

Com excessão da Ferrari, que parece ter feito um bom carro, e da Maclaren, que sempre vem forte, os outros times também podem surpreender. Isso porque, com base nos treinos observados em Jerez de la Fronteira, na Espanha, tanto a Williams de Rubens Barrichello, como a Mercedes de Michael Shumacher, além Force India de Adrian Sutil, foram bem.

Sem falar na Sauber, Red Bull e Renaut, agora com Robert Kubica, que também podem dar o que falar. Mas, agora sem o reabastecimento obrigatório, fica difícil saber qual dessas equipes e pilotos estavam com o tanque cheio quando fizeram bons tempos. O segredo sempre é guardado a sete chaves.

Talvez, assim como vêm escrevendo alguns especialistas do assunto, só depois da terceira ou quarta corrida que tenhamos uma análise mais concisa sobre qual equipe realmente tem um carro com condições de ser campeã. Mesmo assim, não podemos descartar nenhuma Force India ou Mercedez, achando que os bons tempos são apenas ilusões.

Sempre é bom lembrar do que aconteceu com a Brawn, ano passado. Nos testes de inverno, quando todos achavam que Rubens Barrichello e Jenson Button estavam treinando com pouco combustível, apenas para fazer bons tempos e atrair patrocinadores, eles na verdade tinham nas mãos um carro acima da média para aquele momento.

É esperar para fazer. A temporada da Fórmula 1, neste ano, tem tudo para ser empolgante como a do ano passado. Bom para os pilotos, patrocinadores e público, que voltou a ter execelentes disputas na principal categoria do automobilismo.

E viva a festa de Momo

Em recente entrevista, o treinador da Seleção Brasileira de Futebol, Dunga, deu o seu recado para o abre-alas do carnaval. Quando questionado por um repórter sobre o fato de alguns jogadores irem brincar a festa de Momo na Marquês de Sapucaí, o técnico foi enfático ao dizer que não tem nada contra.

"Cada um sabe o que faz. Acho que tudo é permitido, desde que sem excessos. Por isso não vejo mal algum", comentou Dunga, que também foi dar uma conferida na passarela do samba na cidade do Rio de Janeiro. Então, viva o Carnaval. Afinal, se o chefe está dizendo que pode!

Pode até ser que Dunga não tenha nada contra a brincadeira, até porque um dos seus jogadores preferidos do momento, o atacante Adriano do Flamengo, não faz questão de esconder de ninguém que gosta da brincadeira. Até aí tudo bem, o centro-avante rubro-negro é novo, e tem mais é que curtir.

Mas, qual seria a resposta de Dunga caso ele fosse questionado se também liberaria alguns jogadores, em alguns treinos da seleção, para eles resolverem problemas "particulares"? E se isso tivesse que ser feito todas as semanas?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Automobilismo: se cuida Massa

As declarações feitas pela imprensa espanhola, mas precisamento o jornal "Mundo Deportivo", ao piloto de Fórmula 1, Felipe Massa, deverão ser apenas um aperitivo de como será tratado o brasileiro por este setor da mídia espanhola. Esta tática já é conhecida por todos, e até por isso não deverá ser levada em consideração por Felipe. Na época em que o espanhol Fernando Alonso era da Maclaren, o alvo da vez foi o até então estreante na categoria, Lews Hamilton.

O problema é que este tipo de atitude por parte de órgãos de imprensa, fugindo das características de imparcialidade, acabam contaminando outros setores do meio esportivo. Não acredito que Felipe Massa irá se deixar levar por tais provocações. Mas, as pessoas que o cercam, inclusive funcionários da Ferrari, e até mesmo componentes da equipe que trabalham para Alonso, poderão usar isso contra o brasileiro. Foi assim com Lews Hamilton. Até por isso pode acontecer com Massa.

Talvez, essa seja a tática da imprensa espanhola, que tem Fernando Alonso como algo um pouco maior que um ser humano. O fato da Espanha nunca ter tido brilho na Fórmula 1, e isso em um país que é apaixonado por automobilismo, levou a um fanatismo tal qual jamais imaginado.

Com Hamilton o feitiço virou contra o feiticeiro. Os bons resultados de Lews, aliado ao fato dele ser protegido por Ron Denis, na época chefe da Maclaren, culminaram por um clima insustentável ao Alonso.

Mas, na Ferrari, apesar de ser quisto por todos, Massa não tem os mesmos privilégios que Hamilton tinha. Então, o trabalho a ser feito pelo brasileiro terá que ser duplamente mais bem feito. Isso tomando como base o que ele já fez nesses anos de Ferrari. Caso contrário, Felipe irá ver aos poucos o espanhol tomando conta da equipe.

Abre o olho Massa!

A "farra" do Carnaval

Entra ano e sae ano e é sempre assim no Brasil. Em época de festas populares, o povo esquece ou é levado a esquecer tudo de errado que acontece em nossa sociedade. E no período carnavalesco não é diferente. É a velha máxima dita por Maquiável: "Dê pão e circo ao povo e ele se iludirá". Esse escrito, tão cultuado nos tempos da Idade Média, deixou um vasto acervo para as práticas de muitos dos nossos governantes nesses tempos modernos.

Aqui, na cidade do Rio de Janeiro, berço do carnaval, terra do samba e tudo mais, algumas ações vão passando em desapercebido pela população. Um exemplo disso é o montante de dinheiro distribuído pela prefeitura e governo do estado com destino as escolas de samba do grupo especial.

Cerca de R$ 5 milhões foram distribuídos, por esses dois órgãos governamentais, para ser repartido entre as dez agremiações participantes. Outros R$ 4 milhões foram dados pelo governo federal. Deve ser por isso que, tanto prefeitura, quanto governo estadual e federal nunca têm recursos para investir em assuntos básicos do dia-a-dia como saúde e educação. Afinal, tendo que se desprender de tanta quantia assim, fica quase nada para esses setores.

Não sou contra o investimento em assuntos culturais. O carnaval, como manifestação da cultura popular, é muito importante para a manutenção da nossa identidade. Mas, por que investir tanto em uma escola de samba? Enquanto isso, o povo vive em condições miseráveis.

Só para enfatizar ainda mais, algumas escolas de samba do grupo especial ainda receberam algo em torno de R$ 4 milhões, cada, de governos de outras cidades. Isso porque estarão abordando temas relacionados a esses municípios.

Quando será que o povo vai deixar de assistir com omissão tudo de errado que acontece no Brasil?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sousa x Vasco: deu para o gasto

A partida entre Sousa e Vasco da Gama, válida pela Copa do Brasil, disputada na noite desta quarta-feira, não foi nenhum primor de técnica para quem a observou. Pelo contrário. Do lado vascaíno, um time totalmente desentrosado, que parecia nunca ter atuado antes. Já com relação ao elenco paraibano, faltou coragem para vencer.

A opção do técnico do Vasco, Vagner Mancini, em viajar para João Pessoa (local da partida), apenas nesta manhã, atrapalhou. Afinal, a equipe só foi se encontrar em campo com o desenrolar do confronto. Até isso acontecer, o Sousa já vencia por 1 a 0. Placar justo, pois, apesar de ter uma maior posse de bola, o time carioca pouco chegava ao gol do goleiro Ricardo.

No segundo tempo, após algumas alterações, o Vasco foi encurralando os paraibanos em seu próprio campo de defesa. Ora pelo volume de jogo, ora pelo fato do Sousa já não apresentar o mesmo futebol do primeiro tempo. Se o atual campeão paraibano tivesse imprimido o mesmo ritmo da etapa inicial, dificilmente os reservas do Vasco teriam conseguido a vitória.

O resulto de 2 a 1 para o Vasco ficou de bom tamanho. Primeiro porque não foi tão fácil como muito imaginavam. Houve quem achasse que qualquer equipe de jogadores que fossem enviados para a Paraíba teriam condições de sair de campo já com a classificação à próxima fase. Até que isso seria possível. Até porque, no futebol tudo pode acontecer. Mas, ninguém vence antes de entrar em campo!

E depois, o placar, apesar de apertado, coroou o empenho dos atletas vascaínos que não desistiram de alcançar um melhor resultado, ainda que sem apresentar um bom futebol. Já os atletas do Sousa mereceram perder. A falta de coragem para atacar o Vasco no segundo tempo, fato que havia sido feito normalmente nos primeiros 45 minutos, foi abdicada na etapa final. Mesmo com um atleta a mais, durante boa parte do segundo tempo, o time do Sousa ficou acuado em seu próprio campo.

Sobre o treinador vascaíno, não podemos condenar a atitude do Vagner Mancini. Ele não tinha muito o que fazer. O jogo contra o Fluminense no próximo sábado é bem mais importante que o realizado nesta noite. E ele (técnico) não poderia abrir mão de treinar os titulares para esse importante compromisso.

Agora, contra o Fluminense, não tem desculpa. Titulares em campo e a responsabilidade de fazer valer o status de ter sido o time com melhor índice técnico da primeira fase do Campeonato Carioca.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Pitacos de mais uma rodada no futebol

O final de semana que antecede ao Carnaval terminou sem muitas novidades no mundo do futebol brasileiro. Aqui pelo Rio de Janeiro, os chamados "grandes" alcançaram sem muita dificuldade as semifinais. Apesar de parecer fácil, devido ao investimento que Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama fazem, se comparado aos demais, isso nem sempre acontece.

O que não causou boa impressão foram as dificuldades que o clube da colina teve para empatar com o Madureira (2 a 2), dentro do Estádio de São Januário. Depois de um magro 1 a 0 contra o Resende na rodada anterior, a equipe do Vasco por pouco não foi o primeiro dos grandes a perder uma partida para os pequenos. Se não fosse o goleiro Fernando Prass, fazendo dois "milagres" no final do confronto desta tarde, a equipe do subúrbio carioca teria saído de campo com uma vitória.

Menos mal que o Vasco já entrou em campo classificado; e isso serve de desculpa para o mal futebol apresentado. E não adianta dizer que foi desenteresse não. O time de Vagner Mancini marcou mal. Os laterais não conseguiam fazer a cobertura. Em contrapartida também não apoiavam. Os volantes erraram bastantes e os meias Phillipe Coutinho, mais Magno, pouco contribuiam para municiar os atacantes (Dodó e Rafael Coelho); este último entrou no decorrer do segundo tempo.

Já Rodrigo Pimpão, outrou a entrar na etapa final, fez mais uma apresentação sofrível. Ele que não é nenhum primor de técnica, está pior do que ano passado. Ao menos, em 2009, a raça superava esta deficiência. Acorda Pimpão!

Para não dizer que não falei dos outros; o Botafogo, agora com Joel Santana, parece estar evoluindo. A defesa ganhou mais consistência e o Loco Abreu resolveu fazer o que sabe: gol de cabeça. Ao menos isso. Até mais humilde ele ficou...pediu gol ao Fantástico e tudo mais. Nem parecia aquele atleta que, logo na primeira entrevista coletiva após chegar ao Brasil, saiu dando alfinetadas nos jornalistas. Ao menos, parece que os 6 a 0 do Vasco na sua estréia, mas as duas substituições que teve nessa, e na partida subsequente, serviram para mostrar ao uruguaio que aqui as coisas não são tão fáceis quanto parece.

Sobre o Fluminense, o que dizer? O empate desta noite com o Olaria não deve contar. Afinal, o time atuou sem boa parte dos seus titulares. Se bem que qualquer atleta que jogue com a camisa do Flu tem a obrigação de vencer o Olaria. Isso sem qualquer menosprezo ao simpático time da Rua Bariri. Tomara que a derrota sofrida para o Flamengo, ainda na semana passada, não tenha abalado o bom trabalho que o técnico Cuca vem fazendo no Tricolor.

Já o Flamengo... esse parece que ainda vai apresentar outros temas para o roteiro anteriormente visto. Desde o problema com o Petkovic, assuntos não param de surgir na Gávea. Primeiro as trocas de acusações entre o sérvio e vice de futebol, Marcos Brás; depois das declarações nada amistosas desse dirigente, afirmando que Adriano e Vagner Love têm privilégios sim. Agora, foi a discurssão entre o lateral Leonardo Moura e o zagueiro Álvaro. Será que o problema foi só dentro de campo, ou tem algo a mais que não sabemos?

Para finalizar, em São Paulo o Santos venceu com um gol de Robinho (2 a 1 sobre o São Paulo), o Corinthians goleou e o Palmeiras voltou a vencer. Em Minas o Atlético segue perdendo pontos para times de menor expressão (1 a 1 contra o Ipatinga) e o Cruzeiro venceu. Alías, o clube celeste está mais preoculpado com a Libertadores do que com outra coisa. Aliás, o técnico do São Paulo, Ricardo Gomes também vem falando isso da sua equipe.

E no Sul, o Grêmio enfim voltou a vencer dando um certo alívio ao seu treinador que já "balançava". Só o Inter que vence com tranquilidade (2 a 1 frente ao Avenida). Mas dessa vez não foi tão fácil assim. Já no Nordeste, mais precisamente em Pernambuco, Sport e Náutico venceram. Apenas o Santa Cruz, dos chamados "grandes", não venceu. Alías, a tempos que o Tricolor do Arruda não se ajeita.

Na Bahia, Bahia e Vitória também venceram. Melhor para o técnico do Tricolor, Renato Gaúcho que deverá ter um pouco mais de tranquilidade para trabalhar. Enfim, os resultados desse final de semana deverão fazer a festa de vários apostadores da Loteria Esportiva.

Portanto, como eu disse no início do texto, nehuma novidade aconteceu nesse final de semana. Agora, vamos dar um tempo no futebol e brincar o Carnaval. Mas antes que eu esqueça, tem Copa do Brasil nesse meio de semana. Praticamente todos os chamados grandes do esporte nacional, com excessão daqueles que estarão em campo pela Libertadores, vão iniciar as disputas nessa competição. Mesmo assim, será que no país do samba alguém está muito preocupado com isso?

Agora para finalizar mesmo, no campeonato do meu estado natal, o "Clássico dos Maiorais", como é conhecido o jogo entre Treze e Campinense na Paraíba, terminou em 0 a 0. Melhor para o Campinense que vinha de um ambiente mais conturbado. Tanto como um como o outro estão bem colocados nessa competição, devendo se classificar com tranquilidade para as semifinais.

Até mais pessoal!

Fifa: decisões que não têm nexo

A Fifa mostrou mais uma vez que não se preocupa nem um pouco com as críticas relacionadas à arbitragem. Ou pelo ou menos não dá a devida atenção. Citando como exemplo apenas alguns casos, mais próximos de nós, como é que ela aprova as indicações do brasileiro Carlos Engênio Simom, do sueco Martin Hasson e do suíço Massimo Busacca para a próxima edição da Copa do Mundo de Futebol.

Sobre o Simom não precisamos falar muito. Os erros que ele vem cometendo ao longos dos últimos anos dizem por si só. O nosso companheiro de profissão (ele é formado em jornalismo) vem sendo conhecido como um árbitro que mais erra do que acerta. E por incrível que pareça esses equívocos sempre geram uma enorme polêmica. Acho que ele vem se especializando em atrair para si uma enorme mídia negativa.

Mesmo assim, tais situações não lhe impedem de disputar a terceira copa de forma consecutiva (participou dos mundiais de 2002, 2006 e agora em 2010). O mais incrível ainda é que ele até conseguiu fazer um bom trabalho nos últimos mundiais que participou. O mesmo acontece em jogos internacionais. Então, porque o Simom erra tanto quando o assunto é campeonatos brasileiros e estaduais?

Quem não deve ter gostado de saber que Carlos Engênio Simom vai para mais um mundial é a torcida e dirigentes do Palmeiras (SP). O gol do time alviverde, marcado pelo atacante Obina, contra o Fluminense (RJ), ano passado, que ele anulou de forma equivocada, poderia ter mudado o final da história no Campeonato Brasileiro. O lance até provocou a ira do diplomático presidente alviverde, Luiz Gonzaga Belluzzu. O cartola, mesmo que pedindo desculpas alguns dias após, não se rogou a fazer duras críticas, em público, ao árbitro em questão.

Já com relação ao sueco Martin Hasson, ninguém engoliu a história de que ele e seus assistentes não teriam visto a mão do centro-avante Henry durante o jogo da França contra a Irlanda, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. O lance resultou no gol dos franceses que venceram pelo placar de 1 a 0. Desta feita, França na Copa e Irlanda fora.

Mas, Martin Hasson não tem nada a ver com isso. Afinal, pior para a Irlanda que não vai ao mundial. Enquanto que ele, mesmo assim, garantiu presença. Enquanto isso, os cartolas da Fifa, responsáveis pela aprovação ou não dos árbitros indicados por suas respectivas confederações, continuam a não se preocupar com a opinião pública.

Isso nos levar a pensar que são várias as injustiças a serem encobertadas por essas pessoas que dirigem o futebol no mundo. Se o que se torna público é tratado assim, imagine aquilo que não ficamos sabendo.

Ainda sobre os erros que estão sendo cometidos pelo Comitê de Arbitragem da Fifa, que tem como vice-presidente Ricardo Teixeira (presidente da CBF), outro que estará no mundial é o suíço Massimo Busacca. Figurinha carimbada em jogos internacionais, esse juiz, ano passado, fez gestos obscenos para os torcedores em um jogo amistoso do seu país. Na mesma temporada, urinou em campo durante uma partida no Catar.

Falar mais o quê? Acho que já está bom, não é?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Kaká: preocupação ou "tempestade"?

Faltando poucos meses para o início das disputas na Copa do Mundo da África do Sul um assunto vem chamando a atenção dos brasileiros. Trata-se o meia Kaká, que atualmente defende as cores do Real Madri da Espanha. As voltas com um problema no púbis, este jogador a tempos que não consegue apresentar o seu verdadeiro futebol.

E nesse contexto de infelicidades para uma das esperanças brasileiras no próximo mundial estão os interesses do clube madrilenho que parecem ir de encontro a vida profissional de Kaká. Bem como tudo que ele significa para o esquema do nosso treinador Dunga. Melhor para a Espanha, tida como o principal rival do Brasil na próxima copa.

Não precisa ser um expect em futebol para perceber que a nossa seleção depende, e muito, do Kaká. Com exceção das jogadas de bola parada, e o faro de gol do atacante Luis Fabiano, o selecionado nacional carece de bons valores individuais; aqueles que nos acostumamos a ver nas últimas copas, a exemplo de Romário e Ronaldo (fenômeno).

Mas, voltando a falar especificamente de Kaká, pelo que tudo indica, ele precisa se submeter a uma intervenção cirúrgica. Só assim para se livrar de vez das dores no púbis. Só que, para isso, o Real Madri teria que abrir mão do jogador por mais algumas semanas. Pelo que parece, a diretoria merengue não está disposta a isso.

Desta maneira, Kaká segue sendo tratado com paleativos que em nada vão resolver de vez o problema. O que vai acabar acontecendo é o nosso camisa 10 não estar em um bom nível físico e técnico para a Copa da África. Afinal, a continuar desta maneira, quantos serão os afastamentos de Kaká sempre que a sua situação piorar? Tomara que eu esteja errado!

No meio de tudo isso está o corpo médido da Seleção Brasileira, que através dos seus porta-vozes admitem estar tranquilos. Mas, como ficar tranquilo diante de tudo que vem sendo comentando, inclusive pela própria imprensa espanhola?

A única coisa que não pode acontecer nesse próximo mundial é a nossa seleção dar o mesmo vexame do anteriormente visto na Alemanha, a quatro anos atrás. Não custa nada lembrar que naquela copa, três dos nossos principais jogadores (Adriano, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho)estavam fora de forma, justamente por virem de processos de recuperação em contusões.

Caio: revelação do Botafogo

Olá pessoal! Depois de um longo e tenebroso inverno (três dias) estou de volta para dar os meus pitacos em alguns assuntos relacionados ao dia-a-dia da nossa sociedade esportiva. Hoje eu vou falar sobre uma matéria que me deixou intrigado. Ao ler o jornal na manhã deste sábado eu fiquei sabendo que o atacante Caio, atleta do Botafogo que deixou uma boa impressão nas últimas duas rodadas do Campeonato Carioca, trocou uma possível vida estável nos Estados Unidos para se arriscar no inconstante futebol brasileiro.

Na notícia, publicada pelo Jornal Extra, ele (Caio) disse que recusou seis convites de algumas das melhores universidades do EUA. Caso tivesse aceitado qualquer um deles, iria estudar e jogar futebol por lá mesmo. Tudo custeado pela instituição que escolhesse. Apenas como adendo, é comum na política esportiva norte-americana as universidades cederem bolsas de estudos para adolescentes que se destacam no cenário esportivo local.

Mesmo com toda essa vantagem, Caio preferiu largar parte da família que continua morando em Boston para retornar a Volta Redonda (sul fluminense), sua cidade Natal. Como parece que a sorte acompanha essa jovem promessa nacional, ele vem conquistando aos poucos o seu espaço no Botafogo. E tudo indica que pela primeira vez esse ano será titular em uma partida do Campeonato Carioca. Amanhã o clube da "estrela solitária" enfrenta o Resende no Estádio Engenhão.

Tomara que esse jogador tenha realmente tomado a melhor decisão. Falo isso com muita tranquilidade, afinal, não sou daqueles que acreditam que os EUA é o melhor lugar do mundo para se viver. Como muitos sabem, existe um certo preconceito com as pessoas de origem latina.

Mesmo asism, não podemos negar que o Caio estava com a vida um tanto quanto definida na América do Norte. Além de poder estudar, ter uma outra profissão, ele de uma certa forma não precisaria estar preoculpado se irá ou não conseguir um bom contrato. No Brasil, o sonho de ser jogador de futebol ainda é um pesadelo para a maioria dos garotos, oriundos de famílias necessitadas, que se aventuram nessa prática.

Só a título de informação, os seis anos que passou nos EUA (Dos 10 aos 16 anos), rederam ao atleta do Botafogo uma fluência em inglês e espanhol. Se tivesse ficado aqui, dificilmente ele teria essa característica nos dias de hoje.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Flamengo x Olaria: empate com sabor de derrota para clube suburbano

Para quem não viu o jogo desta noite entre Flamengo e Olaria, válido pela sexta rodada da Taça Guanabara-Campeonato Carioca, pode estar achando que este blogueiro confundiu as coisas. Afinal, quando um time considerado pequeno empata com o outro, e isso acontecendo dentro Maracanã, e contra o Flamengo, campeão brasileiro, este resultado pode ser considerado como uma vitória. Mas, com certeza para a maioria dos jogadores do Olaria, e o próprio técnico Dé Aranha, a sensação que ficou é que eles deixaram uma vitória escapar pelas mãos.

O jogo terminou em 3 a 3, com direito a duas viradas neste confronto. O Olaria abriu o placar com o atacante Cacá, depois dele acertar um bonito chute de fora da grande área; surpreendendo ao goleiro Bruno que pulou atrasado no lance. Logo em seguida, após dar a saída de bola, o lateral esquerdo Juan, do Flamengo, cruzou para Adriano que livre, dentro da grande área, só teve o trabalho de colocar a bola para as redes. Ambos os lances aconteceram no primeiro tempo.

As emoções dos outros quatro gols ficaram guardadas para a etapa final. O mesmo Cacá desperdiçou um pênalti, defendido por Bruno. Este foi o primeiro que ele pegou nesta temporada. Repetindo o feito conseguido em vários jogos da fase final do Brasileirão no ano passado, quando salvou o Rubro-negro em diversas ocasiões.

Logo depois, Vagner Love se aproveitou de um vacilo da defesa do Olaria para virar o jogo. Mesmo assim, o time da rua Bariri que tinha um maior volume de jogo conseguiu o empate. Os atletas do seu sistema de ataque do Olaria, entre eles Aleilson, um dos melhores em campo, envolveram o bloco defensivo do Flamengo. Coube a Araruama igualar o marcador; chutanto a bola entre as pernas de Bruno. Não custa dizer que ano passado esse mesmo Aleílson ficou vários meses no Rubro-negro, mas não teve muitas chances.

A virada do Olaria aconteceria logo depois. Mais uma vez, Cacá recebeu a incubência de Dé para cobrar um outro pênalti. Só que faltando dez minutos para terminar o jogo, mesmo com um atleta a mais, o Alviazulino deixou Vagner Love se antecipar a sua defesa para de novo empatar a partida.

Voltando a falar do empate com sabor de derrota para o Olaria, a questão é que os jogadores do Flamengo não conseguiram repetir, nem de perto, a atuação que tiveram no segundo tempo do confronto contra o Fluminense. Pelo contrário, o time do técnico Andrade esteve meio sonolento em campo. As poucas oportunidades que o Olaria dava para contra-ataques não eram bem aproveitadas. Ao contrário do que aconteceu contra o Flu, quando o Rubro-negro "matou" o jogo em quatro excepcionais contra-ataques.

Adriano nesta noite não foi tão feliz. Vagner Love até que apresentou algum brilho. E Vinícios Pacheco, mesmo conseguindo alguns lances individuais, não foi tão decisivo quanto em outros jogos. Resumindo, o Flamengo foi burocrático. Esboçou pequenas reações quando se viu atrás do placar. Mesmo assim, não vamos tirar o mérito do Olaria. O sistema armado por Dé, digamos assim, "encabulou" algumas das principais jogadas do Rubro-negro.

É importante que se frise que, a vitória contra o Fluminense foi algo atípico nesse início de temporada do Flamengo. Por enquanto, o verdadeiro Flamengo é esse que vem ganhando com certa dificuldade dos seus oponentes. E nesta noite não ganhou, só empatou. Por pouco não perdeu. Depois que fez o gol da virada e ficou com um atleta a mais em campo, o time da rua Bariri recuou. Com isso, chamou a equipe da Gávea para o seu próprio campo. Resultado, tomou um gol na base do abafa.

O que o torcedor do Flamengo tem que se preocupar é que nem sempre Adriano e Vagner Love vão conseguir resolver a situação quando algo não estiver dando certo. E a defesa que vem tomando tantos gols? Uma das piores da competição!

Por enquanto, os gols sofridos e esse ponto perdido não fará falta. O Flamengo está classificado para as semifinais. Mas, caso continue assim, a equipe rubro-negra poderá sofrer um duro golpe em um outro clássico.

Rei e Rainha da praia: disputa imprópria

As disputas do "Rei" e da "Rainha" da praia deste ano serão disputadas nas areias de Ipanema (altura do posto 10) na cidade do Rio de Janeiro. O problema é que a imprensa nacional noticiou na noite da tarde da última terça-feira que alguns setores do litoral carioca estão impróprios para a permanencia humana.

Dentre esses locais estão a Praia de Ipanema. Desta forma, é bom que o poder público da "Cidade Maravilhosa" possa tomar alguma providencia. Afinal, os jogos pela chave feminina já começam no próximo dia 13. Enquanto isso, as disputas do masculino serão iniciadas no dia 20, também deste mês.

Ainda sobre essa reportagem, exibida pelo Jornal Hoje em 2 de fevereiro, apenas a praia do Recreio e de Grumari, ambas na região oeste do Rio de Janeiro, estariam em boas condições.

Enquanto ninguém toma uma providencia, no sentido de melhorar este ambiente, talvez o mais democrático do mundo, é bom que a população tome alguns cuidados, como por exemplo não ficar descalço nas areias proximas do calçadão, tido como o local mais contaminado dessas praias.

Também não podemos esquecer que boa parte dessa sujeira é feita pela própria população. Lixo oriundo das comidas que são consumidas nas praia e até mesmo os detritos de animais domésticos (gato e cachorro por exemplo) contribuem para esta situação.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Rapidinhas: Botafogo, Petkovic e Fluminense

No primeiro trabalho coletivo a frente do elenco botafoguense, o treinador Joel Santana mostrou o seu cartão de visitas. Em boa parte da atividade o técnico deu uma atenção especial para o setor defensivo da equipe. Isso não chega a ser novidade para quem conhece Joel Santana.

Alguns dos principais títulos estaduais que Joel conquistou, mesmo estando com um elenco mais fraco em relação ao oponente, vieram as custas de uma forte marcação e saídas rápidas nos contra-ataques.

Sobre o sérvio mais carioca de todos os tempos, o bom senso parece ter imperado na Gávea. A suspensão por duas partidas para Petkovic parece ter agradado a todos. Inclusive ao próprio Pet. Este sabe que precisa se recondicionar fisicamente. Fazendo isso, poderá voltar em grande estilo nas finais da Taça Guanabara.

Só não sabe é como que vai ficar o clime entre o vice de futebol, Marcos Brás, e o meia rubro-negro. Caso essa situação não incomode aos demais jogadores do elenco, tudo poderá acabar em pizza.

Para finalizar, eu até concordo com alguns comentários que dão conta de uma provável falta de planejamento da comissão técnica do Fluminense. Coincidência ou não, o técnico Cuca pode ter perdido nas vésperas das finais do primeiro turno estadual dois dos seus principais jogadores (os atacantes Fred e Maicon). Este último é dado como certo que só retorna aos treinos na Taça Rio.

Diante da eminência de um problema muscular nesses dois jogadores, caberia um maior revesamento entre quem seria chamado para ser titular nas partidas iniciais do Fluminense pelo Campeonato Carioca.

Se vocês ainda se lembram, o Maicon saiu do Campeonato Mundial de Seleções de base, no ano passado, direto para a maratona de jogos do Fluminense pelo Brasileirão. Nesse periódo ele conviveu com um outro problema muscular. E o Fred, também devido há um incomodo muscular, por pouco não teve que abandonar o futebol.

Robinho: preparação européia ou brasileira?

As informações repassadas pelo departamento de preparação física do Santos, em relação ao atacante Robinho, sobre o fato dele estar dois quilos acima do peso, e sem o ritmo ideal, deixam no ar a seguinte dúvida: a preparação física adotada pelos principais clubes do futebol europeu está em um patamar abaixo do que vem sendo feito no Brasil?

Afinal, a nova temporada dos principais campeonatos disputados no "Velho Continente" já vem sendo desenvolvida há alguns meses. E mesmo assim, como um jogador que vinha sendo relacionado para boa parte dos jogos pelo Manchester City não está em uma boa condição física?

Será que isso explica o fato de Robinho vir em decadência na Inglaterra? Como se sabe, ele depende e muito da boa condição de física para render bem nos jogos. Dribles em velocidade e arracandas em direção ao gol do adversário, sem falar nas tradicionais pedaladas não podem ser feitas sem um bom preparo físico.

No meu entendimento, o Robinho era para estar pronto para o jogo desse meio de semana, quando o Santos vai enfrentar o Santo André, amanhã. Isso porque, quando um atleta que atua na Europa é convocado para jogar pela Seleção Brasileira imaginá-se que ele esteja no mesmo ritmo que os demais que atuam no Brasil.

É comum em algumas situações a imprensa esportiva brasileira comentar que na Europa o enfoque do trabalho de preparação física é diferente do que é praticado em solo nacional. Se isso é realmente verdade, parabéns para os nossos preparadores. Em muitos casos, esses profissionais não recebem o espaço devido na mídia nacional.

Phillipe Coutinho: bem encaminhado

Além do bom futebol que vem apresentando nesse início de temporada, o meio campista Phillipe Coutinho do Vasco da Gama também parece que vem crescendo em maturidade. As recentes entrevista provam que o atleta não está deixando se levar-se pela fama repentina. Essa postura poderá ser decisiva para o atleta em um futuro próximo.

Sempre quando é questionado sobre o fato de estar sendo considerado o atleta mais técnico do momento no futebol brasileiro, ele é taxativo em dizer que ainda tem muito o que aprender. Além disso, aponta outros nomes, como o do atacante Neimar, do Santos, que estaria em um patamar acima do seu.

Agindo assim, Phillipe Coutinho, decisivo em algumas partidas que o clube da colina faz no Campeonato Carioca, retira de si o peso de uma responsabilidade que tem que ser dividida com todo o time do Vasco. Inclusive com os mais experientes, a exemplo de Carlos Alberto e Dodô.

"Eu preciso melhorar em alguns aspectos. como por exemplo passar mais rápido a bola e melhorar o passe", comentou Phillipe Coutinho em recente entrevista as rádios do Rio de Janeiro.

Fórmula 1: comentário desnecessário de Rubinho

É como diz o ditado: "em boca fechada não entra mosquito". Não entendi porque o nosso Rubinho Barrichello, quando questionado por um repórter sobre o melhor aproveitamento de Michael Shumacher em relação ao seu companheiro de equipe, falou para o alemão Nico Rosberg sair o mais rápido possível da equipe Mercedez.

Uma pessoa experiente como o Rubinho sabe que em muitos casos as palavras de alguém podem ser colocadas em um outro sentindo, principalmente quando se tem traduções no meio. Por este motivo o brasileiro acabou recebendo uma resposta nada agradável do Nico. Em entrevista, o filho do ex-campeão de Fórmula 1, Keke Rosberg disse ser muito forte para segurar a pressão.

Não contente com isso, ainda soltou uma alfinetada ao Rubinho. "Do seu ponto de vista ele foi vencido por seis anos concecutivos. Então esse comentário não me surpreende", falou Nico Rosberg em entrevista a revista Autosport.

Primeiro: tanto Shumacher como Rosberg são da Alemanha, e até por isso vão saber se "entender", sem que um prejudique o outro. Afinal, patrocinadores alemães estão investindo pesado neste novo equipe que por sinal é da Mercedez, outra alemã.

Além disso, o Shumacher, por mais entusiasmo que ele tenha, não vai ser eterno na Fórmula 1. Se conseguir correr a próxima temporada isso já poderá ser considerado um grande feito ao Michael, quase igual ao de vencer sete títulos mundiais.

E é lógico que Nico Rosberg, mas o seu pai, outra "raposa velha" das pistas, sabem disso. Portanto, não seria nada esperto da parte do jovem alemão em largar uma equipe que, caso tudo aconteça dentro de uma normalidade, tem tudo para continuar vencedora.

Não esqueçamos que a união do motor Mercedez com a equipe Braw simplesmente junta as estrutura que venceu os dois últimos campeonatos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Petkovic x Marcos Brás: história mal contada

Primeiro foi a versão do Marcos Brás, vice de futebol do Flamengo, a ser colocada no ar; mesmo que de forma extra-oficial, sobre o problema com o meia Petkovic. Depois o próprio meia rubro-negro concedeu entrevista coletiva para tentar explicar os fatos que culminaram com o seu afastamento do time. Mesmo assim, para muitos essa história está mal contada.

Afinal, o cartola do Flamengo não gostou do atleta ter se ausentado do Maracanã antes do término do jogo contra o Fluminense. E por isso teria se revoltado com a atitude do sérvio, alegando que ele não teria direito de fazer isso só por que fora substituído no intervalo da partida em questão. Enquanto isso, Petkovic se explicou, dizendo que ficou boa parte do tempo no estacionamento do Mararacanã, acompanhando a partida pelo rádio.

Depois disso, mesmo antes do apito final, foi dar umas voltas pelas ruas da Tijuca, junto com um amigo. Mal sabe ele, ou se sabe não se preocupou com isso, do risco que correu, pois o setor, principalmente à noite, é muito perigoso.

Essa história parece ter algumas vertentes. A primeira é que, mesmo se tratando de Petkovic, ídolo do Flamengo, peça fundamental para a conquista o título brasileiro no ano passado, ele tem que entender que um clube de futebol é uma empresa. E como qualquer outra do ramo existem horários e regras a serem respeitadas.

Mesmo com a desculpa de ter ficado chateado em ser substituído e não poder ajudar mais o time, ele não poderia deixar a delegação do clube. Ainda mais depois de discutir com um dos comandantes. Até porque, na hierarquia de um grupo, um diretor está acima daqueles que compõem a força de trabalho.

A segunda vertente coloca em xeque as palavras de Marcos Brás, que mesmo dita por pessoas que apenas ouviram o seu desabafo, parece não ter tido controle emocional para resolver a situação. Com isso, um assunto que poderia ter sido resolvido internamente acabou chegando ao meio público. E não adianta dizer que isso não conturba o ambiente dos demais jogadores. Tudo acaba gerando um reflexo futuro.

Fica a pergunta: por que será que Petkovic teve tal atitude? Se voltarmos a um passado recente, ele foi substituído em outras partidas e até começou no banco de reservas contra o Bangu e o Volta Redonda. Mesmo assim, nada reclamopu.

Sobre as férias a mais para ele ficasse na Sérvia; quem concedeu? Será que isso não gerou algum tipo de “ruído” entre alguns diretores do Flamengo e outros jogadores? Logo ele que devido a idade precisa de um pouco mais de tempo para se recondicionar!

Como já se pode esperar, outros capítulos dessa novela prometem aparecer nos próximos dias.

Vasco
Enquanto isso, o elenco do Vasco parece dormir em berço esplêndido. Com 100% de aproveitamento, e já classificado para as semifinais, o time da colina ainda terá o reforço do meia Carlos Alberto contra o Resende, amanhã em Volta Redonda. Já o lateral-direito Fagner, que assim como Carlos Alberto foi para o departamento médico por causa de um problema muscular, ainda não se recuperou.

Desta forma, o coringa Hélder Granja deve ter mais uma oportunidade para se firmar na posição. Boa sorte para ele que ainda busca uma vaga no elenco principal.

Fluminense
Para o técnico Cuca, além de ter que juntar os “cacos” do time, depois da goleada perante o Flamengo, ele ainda vai ter que armar a equipe sem dois dos seus principais jogadores. Os atacantes Fred e Maicon não devem atuar nas próximas duas rodadas devido a problemas musculares.

Sem eles, Cuca tem as opções de Alan, outro bom jogador vindo de Xerém, mais o inconstante Kiesa. Este, com raras exceções, não conseguiu repetir no Tricolor as boas atuações da época em que jogou no Americano de Campos. Sendo assim, pode surgir uma vaga para Willians, que se conseguir fazer no Fluminense o que fazia nos tempos de Vitória (BA) tem condições de ser titular absoluto da equipe.

Botafogo
É como diz uma estrofe da música: “sonhar não custa nada”. É assim que os jogadores do Botafogo seguem a rotina de treinamentos. Para o bom volante Leandro Guerreiro, a torcida alvinegra pode esperar, ainda para a Taça Guanabara, boas apresentações da sua equipe. Segundo ele, o time tem tudo para está embalado nas semifinais.

Até tem elenco para isso. Afinal, Loco Abreu é bom no jogo aéreo. Herrera tem uma certa habilidade e faro de gol. Lúcio Flávio boa visão de jogo. Além do próprio Leandro Guerreiro e da promessa Renato Cajá, mais Antonio Carlos, Jeferson, entre outros. O problema é que isso tudo tem que sair do papel o mais rápido possível.

Um abraço pessoal, a gente se vê mais na frente.