terça-feira, 6 de abril de 2010

"Manda quem pode e obedece quem tem juízo"

O futebol brasileiro parece caminhar para os atos do "primeiro mundo". Acho que em alguns anos o nosso campeonato brasileiro vai está parecido com o que é visto nas principais competições do continente europeu. E não falo isso apenas no aspecto da organização, até porque iria chegar um dia que isso seria inevitável.

Estou falando da questão envolvendo a disputa entre os grandes clubes. Hoje, é quase impossível dizer quem vai ser o campeão nacional. Isso porque no mínimo entre oito a dez clubes sempre são apontados como possíveis favoritos antes da competição começar. Tal situação não acontece em campeonatos como o Inglês, Espanhol e o Italiano, por exemplo.

Não que nesses países apenas três ou quatro clubes tenham estrutura para se diferenciar dos demais. A grande diferença está no que essas agremiações conseguem ter de lucro acumulado para a temporada seguinte. É por isso que Manchester United (ING), Chelsea (ING), Milan (ITA), Juventus (ITA), Inter de Milão (ITA), Barcelona (ESP) e Real Madri (ESP), por exemplo, vão ficar com no mínimo 80% das taças regionais.

Voltando a falar do nosso futebol, estamos observando, ainda que de forma prematura, um pouco de estrutura econômica e visual em alguns clubes. Entre eles o São Paulo, Corinthians (SP), Grêmio (RS), Inter (RS) e o Flamengo (RJ). Esse último foge um pouco a régra. Ainda tenta uma estruturação, mas apostou em contratar bons jogadores e manteve uma comissão técnica que prova a cada dia ter condições de conquistar títulos.

O próprio São Paulo, tido como clube mais organizado no Brasil, é uma prova viva disso. Foi campeão nacional por três vezes consecutiva; e por pouco não conquistava o quarto.

O caminho a ser seguido é simples: organização interna, fazendo com que haja lucro no final do ano. Uma boa proposta de marketing; manutenção de uma boa comissão técnica e condições no mínimo razoáveis para o trabalho dos jogadores.

Caso isso seja feito a risca por alguns clubes, sem dúvida alguma os primeiros que investirem nessas condições serão os "papões" dos títulos nacionais.

O que hoje é composto por um grupo de dez clubes, os chamados top de linha, será reduzido a quatro ou cinco, no máximo.

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