sábado, 3 de abril de 2010

Alonso no time: todo cuidado é pouco!

Não quero questionar a capacidade técnica do piloto de Fórmula 1, o espanhol Fernando Alonso. Sem dúvida alguma é um dos melhores, senão o melhor após a era Shumacher que surgiu na principal competição do automobilismo mundial. Mas, também tenho quase certeza que ele sabe como ninguém trabalhar nos bastidores de uma equipe, fazendo com tudo fique ao seu modo. Tal situação acaba corroborando ainda mais para o seu sucesso.

Me parece estranho o fato de o brasileiro Felipe Massa não está mais conseguindo acompanhar, sequer de perto, Fernando Alonso. Ora, tal coisa não foi observada durante os testes de inverno, realizados nos curcuítos de Barcelona e Jerez de la Fronteira, ambos na Espanha. O mesmo também não aconteceu na primeira corrida do ano, quando Massa largou na frente Alonso.

Voltando um pouco na história, vamos lembrar a trajetória de Fernando Alonso no mundo da Fórmula 1. Com exceção do primeiro ano desse espanhol, quando na oportunidade tinha como companheiro de time o também brasileiro Tarso Marques, mas o carro da Minardi não ajudava, Alonso conseguiu no decorrer da temporada dar o chamado "pulo do gato", invertendo as coisas ao seu favor.

No primeira temporada que pilotou para a Renault, o espanhol vivia uma briga acirrada com o italiano Jarno Trulli. Bastou Trulli ganhar uma corrida (GP de Mônaco), para que este nunca mais visse o seu companheiro pelo retrovisor. Resultado: Trulli que terminou o ano bem atrás na soma geral de pontos ficou sem espaço na equipe francesa, dando lugar assim ao outro italiano Giancarlo Fisichella.

A mesma coisa aconteceu com Fisichella. No primeiro GP da temporada seguinte, ele venceu a corrida de estréia, na Austrália. Quando todos esperavam que enfim o "físico" fosse fazer alguma coisa na Fórmula 1, teve que se contentar com Alonso mais uma vez superando em muito o oponente da vez. Final de temporada: o espanhol campeão e o italiano sendo a chacota do circuíto devido aos diversos gritos que levava do então chefe de time, Flávio Briatore.

Depois de tento apanhar, Fisichella deixou o seu espaço vago para um outro brasileiro; desta vez o filho do tri-campeão Nelson Piquet. A jovem promessa nacional até que no início conseguiu andar perto de Alonso. Mas, um segundo lugar no GP do Canadá, ao contrário do espanhol que apenas havia conseguido pequenos pontos, iria complicar a carreira dele. Após este fato, a vida de Nelsinho Piquet virou um verdadeiro inferno na Renault. O final disso tudo, todos já sabem.

Mas, vamos imaginar que tudo isso seja apenas coincidência. Mesmo assim, a verdade é que algumas empresas com sede na Espanha investem pesado na carreira de Fernando Alonso. Naturalmente, estas não estão colocando tanto dinheiro para que o mundo veja um piloto de outra nacionalidade superar o seu protegido.

Na única vez que Alonso percebeu que não iria conseguir fazer a equipe trabalhar em uma dose maior para ele, o espanhol ficou apenas um ano. Isso ocorreu na Maclaren, que já tinha um outro protegido; Lews Hamilton.

Para finalizar, além de ter treinado mais do que Massa com o novo carro da Ferrari, Fernando Alonso também conseguiu que o time italiano mudasse o volante deste. O espanhol pediu que essa peça fosse um pouco parecida com o que ele utilizava na Renault; que tinha oito botões a menos.

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